A realização deste trabalho permitiu-me reflectir, dialogar e exteriorizar com os que me rodeiam, neste caso, os restantes elementos do grupo, sobre o sentido da existência humana.
“De onde vimos ”, “O que somos” e “Para onde vamos” são três das questões essenciais subjacentes ao problema geral do sentido da nossa existência.
Todos nós, seres humanos, em alguma fase da nossa vida, certamente já fizemos estas perguntas, susceptíveis de gerarem um sentimento de crise, mas será que alcançamos as respostas?
E serão estas imutáveis, ou diferentes consoante as experiencias de vida, a idade e a formação pessoal de cada um?
É possível que no momento em que ocorre um dado acontecimento não tenhamos nem o discernimento nem a visão antecipada para compreendermos a razão, mas com tempo e paciência tudo se vira a esclarecer, como dizem os mais velhos?!
Bem, eu só tenho 16 anos, e segundo alguns fisiólogos, estou a começar o meu terceiro ciclo de sete anos de vida: Até aos sete, tal como todas as crianças concentrei-me em mim mesma; depois dos sete, dirigimo-nos para os outros e transformamo-nos em grandes interrogadoras; dos catorze aos vinte e um abre-se uma terceira porta que é a que estou a vivenciar.
Não sei o que me espera ou para onde vou, mas sei o que procuro.
Não quero fazer parte daquele grupo de pessoas que passa por esta vida como se fosse sonâmbula.
Quero amar, ser amada, e ir adquirindo conhecimentos para me sentir completa, genuína, e puder ajudar os outros na profissão que pretendo seguir.
O sentido da vida passará por cada um se concentrar nas suas prioridades e fazer um esforço para que a felicidade seja uma viagem e não um destino. Tento me lembrar destas palavras que li algures num livro, mas nem sempre é fácil.(Há dias em que ser adolescente dificulta ser racional. Só se quer estar aonde não se está e só se quer ir aonde não se vai!)
Directamente relacionada com o sentido da existência humana está a morte. Sabendo que esta é necessária, pessoal, intransmissível, igualitária, iminente e irrevogável, partilho da perspectiva de Epicuro quando afirma que “Estúpido é pois aquele que afirma ter medo da morte não porque sofrerá ao morrer mas por sofrer com a ideia de que ela há-de chegar.” Para quê sofrer por antecipação?!
Em jeito de conclusão sobre o tema exposto, gostaria de terminar com o poema de Fernando Pessoa, que consta da sua lápide, e que marcou a minha existência e sentido da vida:
"PARA SER GRANDE, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive."
14.2.1933, Ricardo Reis
Sofia Costa Silva, 11º E, nº 25
Sem comentários:
Enviar um comentário