2010-02-02

Análise Crítica (André Silva)

Este ano lectivo na disciplina de Filosofia coube à nossa turma realizar um trabalho sobre um dos temas integrantes do programa de filosofia de 11º ano.
O nosso grupo decidiu abordar o tema do sentido da vida.
De todos os temas, este pareceu ao grupo o mais adequado pois esta é a altura ideal para procurar respostas às nossas perguntas sobre os objectivos e finalidades da vida.
Tendo lido apenas um excerto da filosofia de Camus, cedo percebi que queria explorar o ponto de vista deste autor relativamente ao sentido da vida.
Camus defende a inexistência de um sentido para a nossa vida e que qualquer tentativa que se faça neste sentido fracassará.
De facto, se realmente há um sentido para a nossa vida,  como alcançar a felicidade, porque é que a maior parte das pessoas nunca chega sequer a iniciar esta busca por falta de condições?
Se não há provas da existência de Deus, apenas crenças, então não podemos justificar a nossa existência com base na sua criação da qual somos resultado.
Para além disso, porque é que existe a vida se depois nos deparamos com um fim? Será a morte apenas um fim corporal mas não da nossa alma? O que é a alma?
Efectivamente não possuímos respostas a qualquer uma destas perguntas.
Assim, como poderemos ter a certeza da existência de um sentido para a nossa vida?
Penso que o homem adopta uma visão antrópica do nosso mundo, apesar de ser apenas uma das milhões de espécies que habitaram este mundo, que é apenas um dos vários planetas que habita o sistema solar, a Via Láctea e o universo sucessivamente, acredita que a sua existência tem uma finalidade, um propósito.
Porém, seremos distintos de um computador ou de um asteróide?
A nossa resposta seria que realmente somos diferentes de um computador pois nós "vivemos" e o computador não.
Porém há biólogos que defendem que o homem é uma máquina programada para preservar os genes e que as nossas emoções, que nos distingem dos computadores, são apenas o resultado de uma maior complexidade organizativa dos átomos.
Finalizando, concordo com a teoria de Albert Camus na medida em que reconhece que a nossa vida é desprovida de sentido, porém em vez de defender, como Camus,  que devemos adoptar uma atitude absurda ( ver caracterização do absurdo), prefiro procurar criar um sentido para a minha vida e existência mesmo pensando que a vida não tem sentido.
Após a realização deste trabalho, Camus tornou-se um dos meus ídolos, deste modo, concluo a minha análise crítica sobre os sentido da vida com a seguinte frase deste autor "Antes, a questão era descobrir se a vida precisava de ter algum significado para ser vivida. Agora, pelo contrário, ficou evidente que ela será vivida melhor se não tiver significado."

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