2010-03-21

A crise existencial como resultado da dor, saturação e morte

A dúvida do ser humano relativa à sua posição e importância neste mundo, equivale à tentativa de saber se existe alguma ordem inerente ao universo que confira alguma razão de ser à nossa existência.
A pergunta pelo sentido último da existência decorre de três situações, todas elas susceptíveis de gerarem um sentimento de crise no nosso quotidiano.

A primeira situação que surge é a experiência da dor e da infelicidade. Estas situações são de relevante importância na nossa vida pois podem marcar e martirizar a nossa mente de tal forma que sejamos encaminhados ao abismo. A infelicidade é um resultado da dor, que tanto pode ser física como psicológica, sendo que a mais profunda e difiícil de superar é a psicológica. Os seus danos são por vezes irreversíveis. Este estado de deproção de felicidade é uma opção do homem, provém de uma decisão interior.

A segunda situação que surge é a Saturação, esta pode ser originada pelo supérfluo, pelo excesso, pela total satisfação das necessidades e dos desejos do nosso viver. Esta forma de viver torna-se insuportável, previsível e desmotivante.

A última situação é a certeza da inevitabilidade da morte, já que esta simboliza a perda da plena satisfação das necessidades e desejos humanos. A morte prepara a formulação de outro tipo de sentido.

Perante os problemas da dor, saturação e morte, o ser humano pode ser conduzido a uma situação limite mais radical, relacionando-se com o sentido da existência em si mesma, com a busca de razões que nos levam a preferir a vida ao nada, o ser ao não ser.

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