2010-03-20

Posição da religião acerca da morte

O problema do sentido da existência humana encontra-se, assim, directamente relacionado com a inevitabilidade da morte. As diversas perspectivas que os filósofos adoptaram perante o tema da morte conduziram a diferentes modos de encarar o sentido da vida, uma vez que aquela é tida por uns como um fim definitivo (é a este nível que a ausência de sentido se torna mais provável) e por outros como a passagem da alma para uma dimensão diferente do mundo terreno, o que permite a defesa da imortalidade.

Se é certo que a morte alheia nos pode trazer dor, ao reflectirmos acerca da nossa podemos ser dominados pelo medo. Medo do desconhecido e até, inclusive, medo do nada, o terror de deixar de ser.

Segundo alguns autores, a própria ideia de imortalidade surge como uma forma de esconder a finitude do ser humano. É, no entanto, para a tese da imortalidade que se orienta grande parte das religiões, garantindo ao crente um conforto espiritual e uma salvação que se encontra para lá dos limites temporais e espaciais da vida humana.

Neste contexto da religião, a salvação indica o supremo bem que o ser humano pode atingir, pressupondo a libertação do mal e das redes do pecado e da culpa. À salvação encontram-se associadas a felicidade, a paz, a glória, a beatitude, a imortalidade, a vida eterna.

Todas as religiões respondem à pergunta acerca do sentido do universo como um Todo, da Vida e da História.

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